sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Buraco d´Oráculo na festa de 8 ANOS do coletivo ALMA Ambiental
FESTA DE 8 ANOS DO COLETIVO ALMA1º de outubro – sábado
Programação GratuitaO Coletivo Metamorfose Social estará o dia todo grafitando no local
18:30h – Exibição do longa metragem "Olho da Rua", de Rogério Correa.
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Postado por Blogger no Aliança Libertária Meio Ambiente em 9/26/2011 11:07:00 PM
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Atualizado em 05/09/2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
As peripécias do Forrobodó para chegar ao Re-Praça
domingo, 25 de setembro de 2011
Audiência Pública
De 25 para 90 milhões Vamos aumentar os recursos do ProaC para 2012 Dia 28 de setembro às 14:00 na Assembléia Legislativa de São Paulo, haverá uma Audiência Pública convocada pela Comissão de Educação e Cultura para debater a equiparação dos recursos destinados à renuncia fiscal com os editais do ProaC. Este ano foram destinados 93 milhões para o ProaC ICMS e 25 milhões para os editais. Queremos uma emenda da Comissão que corrija esta disparidade no orçamento da Secretaria Estadual de Cultura em 2012, aplicando os mesmos montantes de recursos para as duas modalidades de Financiamento Público para a Cultura. Todos à Audiência Pública!! Por um debate transparente sobre os recursos destinados à Cultura!! |
sábado, 24 de setembro de 2011
A MENINA QUE FOI ARQUIVADA - TEATRO (Núcleo Cênico ProjetoBaZar)
Dia 24 de setembro às 16horas, ocorrerá a apresentação do espetáculo "A MENINA QUE FOI ARQUIVADA" integrando a programação do circuito de teatro de rua RE-PRAÇA, no Jardim das Camélias, Zona Leste de São Paulo.
Idealizada e realizada pelo grupo Buraco d`Oráculo, o circuito RE-PRAÇA teve início em Janeiro, já contou com apresentações de grupos de todo o país e faz parte das atividades do projeto "Narrativas de Trabalho", desenvolvido pelo grupo com recursos do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
No dia 25 de Setembro o grupo Buraco d`Oráculo encerra a programação de Setembro com o espetáculo "Ser TÃO Ser – Narrativas da Outra Margem".
"A MENINA QUE FOI ARQUIVADA"
Núcleo Cênico ProjetoBaZar – São Paulo/SP
DIA 24/09 às 16h
Recomendação: Livre / Duração: 50 minutos.
Sinopse:
A partir de uma pesquisa desenvolvida no arquivo Miroel Silveira - USP- que contém mais de seis mil processos de censura ao teatro paulista - a peça questiona o "NÓS", os pré fabricados, pré destinados e, transitando por personagens históricos e censurados da dramaturgia brasileira, narra a historia de uma menina, fruto de um aborto mal sucedido, cuja trajetória de vida fica entre a cruz e a bandeira, entre a educação moral cristã e as idéias revolucionárias.
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Aurea Karpor
Núcleo de Encenação: Aurea Karpor e Gil Costa
Elenco: Aurea Karpor, Beatriz Barros, Gil Costa, Leandro Caldarelli, Nata Neumann, Rodrigo Costrov, Tiago Cintra.
Preparação Vocal: Tati Marazzo
Preparação Corporal: Mary´s Brambilla
Figurinos e contrarregragem: Victor Poeta
Sobre o Núcleo Cênico Projeto BaZar
O Núcleo Cênico ProjetoBaZar, da Cooperativa Paulista de Teatro, estreou seu primeiro espetáculo em 2006 : "IRA" – adaptação do livro Xadrez, Truco e Outras Guerras de José Roberto Torero – livremente inspirado na Guerra do Paraguai. Desde então segue pesquisando a teatralização de textos não dramatúrgicos resultando em quatro espetáculos adultos e um infantil - sempre pensando em espaços alternativos. Em 2009 recebeu o prêmio "Cidadania em Respeito à Diversidade", ano que também iniciou sua pesquisa em Teatro de Rua. Participou do Seminário Nacional de Dramaturgia para o Teatro de Rua, da III Mostra de Teatro de Rua da Zona Norte, do Mutirão Cultural na Quebrada – 4 anos de CICAS entre outras atividades.
Site: www.projetobazar.com.br
"Ser TÃO Ser – Narrativas da Outra Margem"
Buraco d`Oráculo - São Paulo / SP
Dias 25/09 – 16h
Recomendação: Livre / Duração: 50 minutos.
Sinopse:
Ser TÃO Ser – Narrativas da Outra Margem, é um espetáculo construído a partir das histórias de vida dos moradores da região do extremo leste de São Paulo. Onde o grupo procura levar para a rua, um relato sobre o homem desterritorializado, o homem que esta fora do seu território, jogado a margem de uma cidade grande.
Ficha Técnica:
Direção – Adailton Alves
Texto colaborativo criado pelo grupo.
Elenco: Adailton Alves, Edson Paulo, Johnny John, Lu Coelho e Selma Pavanelli
Preparação corporal: Paulo de Moraes
Preparação musical: Celso Nascimento
Preparação vocal: Melissa Maranhão
Preparação circense: Selma Pavanelli
Treinamento de Yoga: Lu Coelho
Treinamento de Clown: Bete Dorgam
Sobre o grupo Buraco d`Oráculo
O Buraco d`Oráculo surgiu em 1998, com o intuito de criar um teatro de rua que discutisse o homem urbano contemporâneo e seus problemas.
O trabalho do grupo é calcado em três pontos fundamentais: a rua, como espaço privilegiado de encontro direto com o publico; a cultura popular como fonte geradora de inspiração e motivação, e o cômico (destacando-se a farsa e as relações com o "realismo grotesco").
Os espetáculos do grupo são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade, como vendedores ambulantes, pedintes, entre outros. O Grupo possui em seu repertório sete montagens em que buscam manter essas propostas: A Guerra Santa – 1998; Amor de Donzela, Olho Nela! – 1999; Quem Pensa Que Muito Engana, Acaba Sendo Enganado – 2000; A Bela Adormecida – 2001; O Cuscuz Fedegoso – 2002; A Farsa do Bom Enganador – 2006; Comi Cidade – 2008; Ser Tão Ser – narrativas da outra margem – 2009.
Sobre RE-PRAÇA
Re-Praça é um circuito teatral de rua criado e realizado pelo grupo desde 2009 para aprofundar laços com as comunidades da região leste da cidade de São Paulo, tendo a praça como um espaço real de possibilidade de trocas simbólicas. O grupo acredita que é na praça que está a viabilidade de acesso ao teatro aos moradores das comunidades periféricas, ao mesmo tempo em que a presença artística valoriza o local público como espaço real de convivência e lazer. O trabalho do grupo é pautado na escuta das histórias que são contadas pelo público das praças aos seus integrantes e na criação de narrativas teatrais onde essa troca mais direta com o espectador é fundamental.
Sobre o projeto Narrativas de Trabalho
O principal objetivo do projeto Narrativas de Trabalho é discutir, por meio de cenas, performances e intervenções, a precarização do trabalho. O projeto conta ainda com um trabalho de aperfeiçoamento artístico com estudo teórico-prático sobre o épico; a realização da Mostra de Teatro de São Miguel, manutenção de sede e sítio eletrônico, troca artística com grupos convidados e parceiros de outros Estados e a continuidade do Café Teatral (encontros para bate-papos com artistas convidados ) e publicação de A Gargalhada (jornal mensal e informativo do grupo). Ao término do projeto será publicado um caderno relatando todo este percurso.
SERVIÇO:
RE-PRAÇA (Setembro 2011)
Dias24 e 25 de setembro de 2011
Sábados e Domingos às 16h
Endereço: Rua Mirassol d`Oeste, em frente a Associação dos Moradores do Jd. Das Camélias - São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo.
GRÁTIS
GRÁTIS
Informações:
Telefones: (11) 8152-4483 / (11) 8188-3670
Site: www.buracodoraculo.com.br
Blog: http://buracodoraculo.blogspot.com/
Assessoria de Imprensa:
Aurea Karpor (11) 8337-5168
assessoria@projetobazar.com.br / akarpor@gmail.com
Ser TÃO Ser em São Carlos e no Re-Praça
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Buraco d`Oráculo no III Encontro de Teatro de Mauá e Tusp S. Carlos
No sábado, estaremos em São Carlos participando do Circuito Tusp com o espetáculo Ser TÃO Ser - narrativas da outra margem às 18:00h.
Compareçam!
Maiores informações (11) 8152-4483
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Texto de Jussara Trindade sobre o espetáculo Ser TÃO Ser
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Crítica de Alexandre Mate sobre Ser TÃO Ser
Por Alexandre Mate
Ser tão sem, sem ser tão, tão sem ser... (Uma brincadeira a partir de) Mário de Andrade.
A prática sem a teoria e esta sem aquela de pouco valem. Também em arte a práxis é vital ao criar. De outro modo, a objetividade do viver é alimentante da subjetividade do sonhar. O educador espanhol Jorge Larossa Bondía afirma, de modo sábio (porque ele aprendeu com aqueles que vieram antes e com aqueles com quem ele conviveu), no texto Notas sobre a experiência que: "Pensar não é somente raciocinar ou argumentar, como nos tem sido ensinado ao longo da vida; pensar é também dar sentido ao que somos e ao que nos acontece." É exatamente disso que se trata, ao coletarem relatos de vida de gente que mora muito além de qualquer e obrigatório direito-cidadão, os integrantes do Buraco d'Oráculo (grupo com mais de 10 anos, radicado na zona leste da cidade de São Paulo), buscavam levar para a cena de rua, mediado por símbolos, a história de tantos desterrados, desterritorializados...
Ao assumir o desafio proposto por Ser tão Ser: Narrativas de Outra Margem, para ressignificar esteticamente as vozes da imensa comunidade de destino que compreende a periferia paulistana, o Buraco d'Oráculo, porque tem estofo e condições para isso, conciliam de modo extraordinário o binômio – apresentado por Walter Benjamin em O autor como produtor – qualidade estética e pertinência política.
Na 26ª edição do Festivale – Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraiba, o Grupo, já presente em outra edição, teve como seu lócus (espaço de apresentação), a "tímida" – quando comparada à majestade da Afonso Pena – Praça Cônego Lima. Trata-se de uma praça quase protegida, posto que não cortada por 4 ruas como é comum. Mais próxima à XV de Novembro, de todas as árvores, destaca-se uma belíssima seringueira (provavelmente centenária). Antes de o espetáculo começar, com belas músicas de Chico Buarque, Luiz Gonzaga... "me peguei perguntando", porque me é relevante: "Quem teria plantado aquela árvore? Quem, ao longo de tantas décadas, conservou aquela árvore e tantas outras que lá estão?" Claro, nome de jardineiros não figuram da História! Que importância teria esse tipo de gente para uma história contada, desde sempre pela elite?
Para onde iria aquela gente toda, quase em frenesi, que circulam e atravessam a pequena Praça? Quem desse imenso mar humano figurará, qualquer dia, da História oficial? Muito provavelmente nenhuma...
Muito distante dali, daquela singela Praça, mas aterrado na História, fui despertado para ir a um dos extremos daquele espaço: a peça começava sob um sol escaldante... Uma atriz dava início à prosa. A roupa bastante colorida, mas a narrativa tecida por significativa "tristezura". Lu Coelho era a primeira corifeia do épico que ali se instalava: personagem alegórica de tantas Lurdinhas (e vários outros nomes) desterradas pelo Brasil. Sem qualquer afetações, mas gigantemente cúmplice, a atriz apresenta a narrativa de sua emblemática personagem. O café (de verdade) que era preparado durante a fala não daria para todos, então, um expediente magistral e popular, afirma a personagem: alguns "olham o cheiro", outros lambem os beiços e outros tomam... Pronto, todos degustam aquele café! Durante o café tomado, "olhado", "beiçado" entra a cantoria: Calix bento. Ó, Deus salve o oratório (bis), onde Deus fez a morada. Óia meu Deus. Certa comoção planta-se em muita gente que foi apanhada de modo distraído pelo teatro de rua.
Na sequência, o ator Edson Paulo apresenta uma narrativa impecável na "pele" de José Justino Ventura. Assim como Lurdinha, este, segundo as autoridades é "mais um Zé", mais um migrante a inchar a cidade... Por meio da fala firme do ator, mesclada àquela emocionada da personagem, uma primeira inquietação é apresentada em coro:
– A gente, cada um de nós, começa onde nasce. Termina onde [Deus?] escolhe! Durante o espetáculo apresentado dia 06/09, uma senhora, adere ao coro e completa a frase.
– A gente começa onde nasce. Termina onde escolhe, porque já estamos na curva do mundo.
Na rodoviária, mais e mais gente sendo despejada para contemplar o horror e viver a miséria humana de uma cidade inóspita, perversa... A diáspora de gente se instaura e se faz quase que por meio de uma fila indiana ininterrupta.
A gente desterritorializada ocupa áreas abandonadas e infindamente distantes do centro. Os atores marcam o terreno ocupado delimitando o chão com terra vermelha. Aquela gente constrói coisas que se parecem casas, e tenta levar sua vida... trabalhando incansavelmente. Os atores, em coro, novamente, apresentam uma nova canção, que é quase um canto de trabalho: de gente que vende sua força de trabalho. Gente daquele tipo, com a expansão do poder econômico precisa deixar o território ocupado para dar lugar a um grande empreendimento.
A atriz Selma Pavanelli canta com a mesma força e atitude daqueles que fazem e cantam seus raps. A "rapeira" pré-anuncia a morte de Lurdinha pela truculência da polícia. Na cena de rua, cujo cenário próximo é a praça, e nela (na praça), outra vez a seringueira... é absolutamente curioso, mas no momento de morte uma lufada de vento mais forte, faz a seringueira chorar (muitas folhas caem e dão a impressão de um choro intenso)... Efeito da natureza. Espécie de milagre do teatro de rua!
No despejo daquela gente, muitos recebem uma carta de despejo da Prefeitura de São Paulo (trata-se de cópia do documento original). O documento promove certo alvoroço. Nesse exato momento, chega um casal jovem que se preocupa, pensam que os vendedores ambulantes é que seriam despejados da praça... O corifeu (Adailton Alves) logo depois disso afirma, em contragesto (alusão a ser foda) que Deus ajudaria os desterrados.
Do despejo muitos moradores vão morar em conjuntos habitacionais: tudo cinza, sem felicidade, com muita promiscuidade entre os vizinhos, pelo apertamento. De modo absolutamente panfletário (e necessário), o elenco, em forma de coro, canta: "Se o povo soubesse o valor que tem não aguentava desaforo de ninguém."
Em uma hora de espetáculo, histórias de desterrados ganham a cena e falam por incontáveis sujeitos falantes, mas silenciados pela História oficial. Adailton Alves, diretor do espetáculo, consegue articular o trabalho colaborativo e criar expedientes e cenas vibrantes. O público presente ao espetáculo, abaixo do sol das onze ao meio-dia, concordava com o olhar, entre emocionado pelo assunto e pelas imagens criadas.
No trabalho coletivo, música e figurinos têm função épica: tudo feito e construído pelos integrantes do Grupo. Nos adereços e figurinos singelos a presença das mãos dos homens.
Grande momento, singular e importante espetáculo, parafraseando alguém do público: "A terra sente a necessidade de ser útil!"